segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O Sheik de Agadir




É preciso pensar a respeito dessa atividade de escrever para ninguém, já que raramente alguém se interessa pelo que escrevo. É uma escrita que não desperta diálogo no outro e, talvez, nem mesmo monólogo no outro. É uma escrita que se desenvolve sem saber se está promovendo um diálogo interno, um monólogo interno ou um silenciamento interno. É uma escrita para não ler, logo, apenas para sinalizar que alguém escreveu, alguém se deu ao trabalho de fazer aqueles desenhos próprios de uma escrita apenas para garantir que alguém existiu e não para que sua escrita seja lida. Como o personagem da novela deixava escrito para ser lido: 


                                                                  

                                         

                                  “Demian esteve aqui!”.